As entregas sempre foram um problema para as empresas desenvolvedoras de softwares. As diferentes exigências e o desalinhamento estratégico ocasionaram um cenário já comum no ambiente corporativo: o gap entre setores.

Esse distanciamento se traduziu em uma batalha que prejudicou a produtividade e a qualidade final dos produtos. No entanto, a cultura e as ferramentas de DevOps mudaram essa realidade.

É possível dizer que, até alguns anos atrás, desenvolvedores e equipes de infraestrutura não caminhavam no mesmo ritmo.

Não havia agilidade necessária na construção dos códigos. Além disso, os servidores não conseguiam suportar a demanda, tamanha a pilha de requerimentos e processos que ocupavam o seu dia a dia.

Esses problemas criaram lacunas perigosas para as empresas. Internamente, não havia colaboração e, cada vez mais, os produtos desenvolvidos apresentavam problemas.

O ponto de virada, porém, veio por volta de 2009.

No fim da primeira década do século XXI, as empresas observaram a necessidade de otimizar o trabalho e tornar todo processo de desenvolvimento e operação mais integrado e harmônico.

Especialmente para antecipar os anos futuros, nos quais a demanda se intensificaria de forma nunca vista anteriormente.

Assim, buscaram por uma solução que reduzisse custos e maximizasse toda a produtividade da equipe.

Foi aí que nasceu o DevOps. O termo foi criado em 2009 durante a conferência Velocity da O’Reilly.

A metodologia é sucesso nas empresas de hoje. Em 2016, o nível de adoção em organizações americanas já atingia 74%. Na atualidade, é um movimento abraçado por muitas companhias, especialmente aquelas que buscam a otimização de seus processos.

No artigo de hoje, entenda mais sobre essa cultura e as principais ferramentas necessárias para sua aplicação. Confira!

A cultura Devops: O que é?

Durante muitos anos, o distanciamento entre desenvolvedores e a equipe de infraestrutura se solidificou em uma barreira. Esse obstáculo dificultou o avanço das soluções, contendo o crescimento de muitas empresas.

Na cultura DevOps (que literalmente significa “desenvolvedores e operadores”), essas barreiras não existem.

Aqui, o foco está na integração de ambas as equipes, dando lugar a uma só. Nessa mecânica de trabalho, elas compartilham processos, recursos, responsabilidades e ferramentas que favorecem e unificam o seu trabalho.

Dessa forma, conseguem atingir as metas da empresa, agregando ainda mais valor ao produto desenvolvido.

Com uso da metodologia e ferramentas de DevOps, a empresa agiliza suas entregas, otimizando os processos por trás do desenvolvimento de softwares, do planejamento aos testes finais.

Enquanto essa cultura busca por objetivos práticos e palpáveis, sua aplicação não segue um manual. Dessa forma, é uma cultura flexível, que se molda às necessidades de cada empresa.

Além disso, há uma série de frameworks e ferramentas de DevOps que auxiliam em toda a sua implementação.

O importante é que toda equipe esteja por dentro do processo e da utilização de cada uma delas. Assim, é possível selar a integração entre os setores, melhorando as execuções em cada etapa de desenvolvimento de um produto.

As principais ferramentas de DevOps

Como a própria cultura define, a escolha das ferramentas de DevOps deve ser realizada de forma colaborativa.

Assim, é preciso que toda equipe entenda do que o DevOps se trata. Por isso, é preciso estudá-la, tirar as principais dúvidas, explicar que o processo se trata mais de uma modificação na cultura organizacional do negócio que  uma tarefa localizada.

A cultura DevOps deve, aos poucos, ser incorporada para então se tornar parte operante dos processos.

No caso das ferramentas, cada integrante da equipe deve entender sua função, como utilizá-las e o motivo de utilizá-las. Assim, eles entenderão como seu uso poderá potencializar sua produtividade, resolvendo seus problemas diários.

Por isso, preparamos esse artigo que traz as principais ferramentas que lhe ajudarão a implementar a cultura DevOps em sua empresa.

Jenkins

O objetivo de uma pipeline é automatizar o processo de entrega de software em produção de forma rápida, ao mesmo tempo garantindo sua estabilidade, qualidade e resiliência.

Jenkins é um servidor de Integração Contínua open-source feito em Java, pode ser rodado de forma standalone ou como uma aplicação web dentro de um servidor web.

Docker

A Docker é uma ferramenta especial para tornar os projetos mais portáteis. Ela ajuda a virtualizar seu sistema.

Com ela, é possível “empacotar” uma aplicação ou mesmo um ambiente em um container. Assim, você o torna portátil para utilizar em qualquer outro host que também possua a Docker.

Isso diminui o tempo de deploy. Afinal, o ambiente configurado uma vez será sempre o mesmo, possibilitando que o replique quantas vezes for necessário.

Kubernetes

Kubernetes (K8s) é um produto Open Source utilizado para automatizar a implantação, o dimensionamento e o gerenciamento de aplicativos em contêiner.

Kibana

Imagine uma ferramenta que possa receber informações de qualquer aplicação sendo ela banco de dados, API ou servidor, e a partir dessas informações possa gerar visões das quais é possível abstrair uma auditoria de como estão os processos de cargas, requisições, uso de memória, segurança, acessos, dentre outros pelos aplicativos.

O kibana fornece todos os recursos necessários para você criar visões de gráficos (linhas, barras, colunas), histogramas, grids e mapas de geolocalização

Infrastructure as Code (IaC)

É uma metodologia de automação de infraestrutura de TI usada primordialmente para que equipes DevOps (Desenvolvedores e Operação conjunta) possam gerenciar e provisionar infraestrutura por meio de código de forma automatizada, ao invés de ter que recorrer ao acesso físico ao hardware ou até mesmo através de portais ou ferramentas de configuração.

Ansible, Terraform, Chef e Puppet são algumas das ferramentas mais utilizadas atualmente para provisionamento e gerenciamento de infraestrutura por código. Converse conosco e agende uma reunião!