Os dados são o motor para a Internet das Coisas (IoT, ou Internet of Things) e para a inteligência de negócios por meio do Big Data. A coleta, o envio e o processamento de grandes quantidades de dados permitem que as empresas se comportam de maneira mais inteligente, ajam rapidamente e tomem decisões mais bem informadas. No entanto, o envio de todos esses dados para redes tradicionais de nuvem pode levar a um aumento de latência (ou seja, o atraso na transferência desses dados). É aqui que entra o Edge Computing.

Essa tendência está evoluindo em torno da necessidade crescente de mover grande parte do local de processamento das informações para diminuir essa latência e melhorar a eficiência.

Quer saber como? Continue lendo conosco!

O que é Edge Computing?

O Edge Computing permite que os dados sejam processados ​​mais perto de onde são criados, em vez de enviá-los por rotas longas até datacenters ou nuvens.

Fazer essa computação mais próxima da borda da rede (daí o nome — em inglês, “edge” significa borda) permite que as organizações analisem dados importantes quase que em tempo real, uma grande necessidade para muitos setores, especialmente manufatura, saúde, telecomunicações e finanças.

Em termos mais técnicos, a IDC define o Edge Computing como:

“Uma rede de micro datacenters que processam ou armazenam dados críticos localmente e enviam todos os dados recebidos para um datacenter central ou repositório de armazenamento em nuvem.”

Mas o que isso significa na prática para sua empresa? Primeiro, vamos falar um pouco de IoT.

Qual a relação do Egde Computing com a IoT?

O Edge Computing pode ser usado em muitas aplicações, mas é na IoT que ganha destaque. Ele permite que os dispositivos da Internet das Coisas — que podem ser qualquer coisa como o nome já diz, de um laptop a um sensor instalado em um equipamento — processem os dados mais perto de onde são criados, ou seja, dos dispositivos em si.

Ao armazenar alguns dados localmente, o Edge Computing acelera o processo de coleta e compartilhamento de grandes quantidades de informações.

Isso é especialmente importante quando pensamos que os dispositivos de IoT geralmente existem em áreas onde a conectividade não é confiável. O Edge Computing, então, diminui o tempo necessário para armazenar e processar os dados desses dispositivos, pois partes deles já serão processadas antes de viajar até a nuvem ou ao datacenter.

Agora você pode se perguntar, “quais são as vantagens desse processo”?

Quais os benefícios do Edge Computing?

Os dados são o grande impulsionador da transformação digital, especialmente no que diz respeito à implementação da IoT e da Inteligência Artificial. Com o Edge Computing, os algoritmos de machine learning, que dependem de grandes quantidades de dados recentes e relevantes, podem acessar esses dados sem sofrer latência.

Acesso mais rápido aos dados significa que as empresas podem tomar decisões informadas contínuas — ou seja, com os sensores da IoT, ajustes nos fluxos de trabalho e nos processos podem ser feitos em tempo real.

Os dados que ajudam a automatizar as tarefas são processados ​​e acessados ​​o mais próximo possível da origem. Com isso, o Edge Computing fornece estabilidade e confiabilidade para permitir às empresas criar e automatizar decisões baseadas em dados.

A diminuição da latência pode ajudar qualquer situação em que seja necessária a análise imediata de dados, como exemplo parar uma máquina antes que ela superaqueça, levando a tempos de resposta mais rápidos em geral.

Isso significa que o Edge Computing vai substituir a nuvem?

Você pode ver artigos que afirmam o Edge Computing vai substituir a nuvem, mas na realidade ele é apenas uma evolução desse modelo e as duas tecnologias são complementares.

O termo “fog computing” já foi usado para descrever nuvens que operam mais perto da borda. Quando usadas em conjunto, as arquiteturas de computação em nuvem e do Edge Computing podem trabalhar juntas para armazenar e processar dados com mais eficiência.

Dependendo do problema ou da necessidade de um negócio relacionado aos dados que ele está reunindo, o Edge Computing pode ser mais benéfico em alguns casos, enquanto a computação em nuvem pode ser melhor em outros.

Por exemplo, o tempo de reação pode ser crítico em IoT, e o envio de dados para e da nuvem pode causar atrasos (embora durem apenas milissegundos), o que pode ter impactos negativos na eficiência dos dispositivos de IoT.

O Edge Computing ajuda a eliminar ou diminuir esses atrasos. No entanto, a nuvem ainda é usada com eficiência como datacenter para empresas que usam computação de borda. É simplesmente um hub secundário em que os dados são armazenados depois de processados ​​na borda ou quando ocorre um processamento que não seja tão sensível ao tempo de latência.

Nos próximos anos, continuaremos a ver o Cloud e o Edge Computing sendo usados em conjunto, avançando ao alcance e o escopo do que as redes em nuvem podem oferecer.

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